Um mundo em grande transformação
A demanda de energia e o caminho evolutivo da humanidade resultou na busca por novas tecnologias para que seu desenvolvimento permaneça em constante crescimento, porém sustentável, pela implantação de fontes de energia limpas e renováveis.
Com transformações cada vez mais impactantes no clima e meio ambiente, a realidade da preservação global deixou de ser uma discussão de ambientalistas para se tornar uma superação do homem para sua sobrevivência.
O resultado desse novo modelo de pensar e agir refletem nos números.
Energia Eólica
A capacidade instalada eólica global acumulada vem aumentando consideravelmente a cada ano com um crescimento exponencial, sendo a fonte primária de energia elétrica de maior crescimento no mundo. Cada vez mais, a energia eólica vem se tornando uma fonte atrativa de investimentos, com a redução dos custos de implantação, incentivos governamentais, maior acesso a financiamentos e maturação do domínio da tecnologia.
Em 2011, a capacidade instalada global alcançou o patamar de 238.351 MW, sendo instalados 41.236 MW somente no ano, representando um crescimento de 20,87% entre 2010 e 2011. A taxa de composta média anual de crescimento entre 1996 e 2011 atingem 25,75%.
A análise regional também endossa a necessidade energética mundial. Liderada pela China, a capacidade instalada eólica na Ásia supera os 20 GW, sendo maior que a somatória de todos os outros continentes.
Devido à crise mundial, mercados como a Europa e Estados Unidos tiveram redução em seus investimentos, resultando numa desaceleração do crescimento nesses locais.
Apesar dos baixos índices de investimentos em eólica, a América Latina – liderada pelo Brasil e México – vem trabalhando fortemente para viabilizar os projetos, sendo que muitos já estão em fase de projeto e implantação.
Energia Solar
Apesar de apresentar um forte crescimento nos últimos anos, a energia solar ainda é pouca expressiva na matriz mundial.
Dentre as diferentes tecnologias de geração, a fotovoltaica é a que cresce mais rapidamente no mundo, onde apenas em 2010 foram instaladas 17 GW em 2010, totalizando 40 GW de capacidade instalada acumulada global.
Esse número cresceu 72% em relação a 2009, com uma taxa media de crescimento anual na ordem de 49% entre 2005 e 2010.
Uma das grandes razões de tanto sucesso são a redução do custo de fabricação da tecnologia e sua implantação, o aumento na quantidade de projetos em desenvolvimento, o grande interesse pelos investidores e o desenvolvimento de políticas de incentivos.
No ambiente regional, o grande destaque é a Europa, com 80% da capacidade instalada acumulada global. Pela primeira vez na história, a Europa instalou mais projetos fotovoltáicos do que eólicos durante 2010, liderados pela Alemanha e Itália.
Comparada com outras regiões com grande potencial solar, a América Latina apresenta uma baixa atividade em geração de energia fotovoltáica. Porém as maiores potências industriais – Brasil e México – já iniciaram projetos de viabilidade e implantação desse tipo de energia em suas matrizes energéticas.
Novos ares para o Brasil
Seguindo a tendência mundial pela busca de energias renováveis, o Brasil desponta não mais como uma aposta ou oportunidade, mas sim como uma certeza de investimento. Por um lado, o Brasil tornou-se um destaque no cenário econômico internacional, atraindo investimentos em número cada vez maior.
De outro lado, o mercado interno cresce e exige cada vez mais energia para sustentar seu desenvolvimento. Somando essas características macro econômicas a ser proprietário de um dos mais elevados potenciais eólico e solar mundiais, o Brasil assume uma posição privilegiada e estratégica para a realização desses projetos, sendo extremamente atrativo para novos investimentos.
Razões para investir em renováveis no Brasil
As características do mercado de renováveis no Brasil atenuam a maioria das preocupações que os investidores têm perante a esse tipo de investimento, comparando com as experiências anteriores no mercado internacional.
Apesar de ainda não haver um plano definitivo para a oferta de subsídios do governo, o mercado brasileiro já apresenta grandes evoluções quanto ao assunto como, por exemplo, processos de leilões de energia consolidados, pressões das empresas junto aos governantes para aumentar a atratividade de investimentos etc.
No mercado mundial, o Brasil apresenta um cenário de resistência à crise mundial, atraindo investimentos externos e diminuindo o custo de bens de capital com o aumento da oferta dos equipamentos de geração de energia e pela recessão internacional. Além disso, as empresas com atuação nacional trabalham com caixa ajustado para a inflação.
A seriedade na execução de PPAs no país se destaca pela necessidade de entrega mesmo se a geração de energia não estiver implantada. Todos os projetos são desenvolvidos com um PPA a longo prazo, sendo raros os casos não-confiáveis.
Pela própria característica da matriz energética nacional alternativa, com um mix balanceado de energia eólica, PCHs e biomassa, o preço da energia no Brasil é definido por outros fatores além da volatilidade do preço das commodities, o que garante um cenário de alta competitividade e possibilidades de retorno de investimentos maiores.
Energia Eólica no Brasil
O Brasil apresenta um enorme potencial eólico a ser explorado. Apesar de ser uma das formas mais limpas e competitivas de produção de eletricidade, sua participação na matriz nacional ainda é pequena, cedendo território para grandes investimentos. Com uma capacidade instalada de apenas 1.500 MW em 2012, o país tem o potencial de 142,5 GW, valor comparável ao potencial hidrelétrico remanescente, com 182 GW.
Visualizando o futuro, os investimentos em energia eólica no Brasil em 2011 corresponderam a 50% do total da América Latina, consolidando-o como um dos mais atraentes países para se investir no setor.
Energia Solar no Brasil
Acompanhando a tendência mundial, a geração de energia solar no Brasil começa a dar seus primeiros passos, com uma capacidade instalada de apenas 20 MW. Porém, por ser uma das fontes de energia mais promissoras para a nova realidade mundial, vem se tornando viável principalmente pela redução do custo de produção da tecnologia.
Liderado pela região Nordeste, o alto potencial de geração de energia solar brasileiro está inserido em um cenário basicamente inexplorado, com um enorme espaço a ser conquistado, atraindo investimentos pioneiros e altamente atrativos.